sexta-feira, 15 de julho de 2011

Daqui do céu

Cá estou eu voando novamente, não sei se por causa da altitude, da velocidade, definitivamente não é fisiológico, estou em uma cabine pressurizada, aquecido e protegido. É psicológico, metafórico e meditabundo. Daqui, surge o super-ego, travestido de capa voadora pelo ar, indo a super velocidade. Como consequência todos aqueles problemas que parecem tão grandes lá embaixo, somem ou diminuem absurdamente.



Tal sentimento pode ser derivado do olhar divino padronizado pelos antigos gregos, de cima, do alto. Seja  qual for, voar faz bem a minha saúde mental, por esta relação com o super. Mas como preza a dualidade, também tem o seu efeito negativo, voar é resultado da minha necessidade intensa de me deslocar. Com tanta tecnologia de telepresença, já inventada e instalada, ainda preciso me deslocar muito. Na verdade, a tecnologia tornou tão mais fácil me deslocar, que muitas vezes a tal telepresença é ignorada e voltamos ao bom e confiável olho no olho. Isto tudo me faz lembrar do meu sonho de consumo, um teletransporte, para os dias em que eu não queira curtir a viagem...  

Um comentário: